A batalha contra a dengue é uma luta constante, uma guerra travada não apenas nos laboratórios e centros de pesquisa, mas também nas ruas, nos lares e em cada canto onde o mosquito Aedes aegypti encontra um local propício para depositar seus ovos. Entre os muitos guerreiros nessa frente de combate estão os agentes de combate a endemias (ACE), profissionais treinados e capacitados para detectar e eliminar os riscos de proliferação do vetor da dengue.

O Aedes aegypti é um inimigo sorrateiro, utilizando os mais variados recipientes para se reproduzir. Desde garrafas plásticas até pneus velhos, o mosquito encontra nos locais mais insuspeitos uma oportunidade para proliferar. É aí que entra o papel fundamental dos agentes de endemias, que atuam na linha de frente desse combate, realizando vistorias minuciosas, tratando os locais identificados como criadouros e orientando a população sobre medidas preventivas.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destaca a importância do trabalho desses profissionais: "Ninguém quer que a sua residência seja um local de risco. Por isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção".

Além das residências, os agentes de endemias também vistoriam imóveis não residenciais, acompanhados pelos responsáveis, com o objetivo de identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue. Eles trabalham uniformizados, facilitando o reconhecimento pela comunidade, e seguem um protocolo rigoroso de atuação, que inclui desde a informação aos responsáveis até a notificação de casos suspeitos de dengue às autoridades de saúde.

Entre as principais tarefas desempenhadas pelos agentes de endemias estão:

  • Vistoriar e tratar os imóveis cadastrados e identificados como potenciais criadouros do mosquito;
  • Elaborar e executar estratégias para resolver pendências, como casas fechadas ou recusas dos moradores em receber a visita;
  • Orientar a população sobre formas de evitar locais que possam oferecer risco para a formação de criadouros do mosquito;
  • Promover reuniões com a comunidade para mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue;
  • Notificar os casos suspeitos de dengue e encaminhar as informações às autoridades de saúde competentes.


O monitoramento e prevenção da dengue são prioridades para o Ministério da Saúde, que investe em campanhas de mobilização social, normalização de estoques de inseticidas e apoio a medidas de prevenção e controle. Parte desses recursos é destinada ao fomento de ações de vigilância em saúde, incluindo o trabalho dos agentes de endemias.

É importante ressaltar que certas pessoas são mais suscetíveis às complicações da dengue, como pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos. Para esses grupos, os cuidados devem ser redobrados.

Manter a caixa d’água bem fechada, guardar pneus em locais cobertos, limpar calhas, não acumular entulho e garantir que recipientes não acumulem água são medidas simples, mas essenciais no combate à dengue. E, acima de tudo, receber bem os agentes de saúde e de endemias, que desempenham um papel crucial nessa luta.

Em caso de sintomas, como febre alta, dor de cabeça e dores no corpo, é fundamental procurar uma unidade de saúde e evitar a automedicação. O combate à dengue é uma responsabilidade de todos, e cada gesto conta nessa batalha pela saúde pública.

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