Em uma nova etapa de negociações por recomposição salarial, professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) aprovaram, em assembleia realizada na segunda-feira, 16 de setembro de 2024, o estado de greve. A decisão marca a insatisfação da categoria docente com as propostas apresentadas pelo Governo do Estado, liderado por Jerônimo Rodrigues. Embora a greve por tempo indeterminado ainda não tenha sido decretada, os professores aguardam a próxima mesa de negociação, prevista para quinta-feira (19), para decidir os rumos do movimento.


A categoria rejeitou a última oferta do governo, que propunha um ganho real de 3,5% acima da inflação, pago em três parcelas de 1,15% até dezembro de 2026. Considerada insuficiente, essa proposta foi alvo de críticas durante a assembleia. Além da questão salarial, o movimento docente também luta pela garantia de direitos trabalhistas, como promoções, progressões e adicionais de insalubridade, bem como a ampliação e desvinculação do quadro de vagas docentes.


Negociações Arrastadas e Falta de Diálogo


As negociações entre o governo e os representantes dos professores, que começaram formalmente em junho deste ano, têm sido marcadas por atrasos e reuniões desmarcadas. Desde o início de 2023, 14 encontros foram realizados, mas outras quatro reuniões foram canceladas, aumentando a frustração dos docentes. Clóvis Piáu, Coordenador Geral da Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB), destacou a insatisfação da categoria pela falta de diálogo do governo com relação a pontos essenciais da pauta de reivindicações.


"Além do salário, lutamos por garantias de direitos trabalhistas e pela ampliação de vagas para os professores. A disposição do Movimento Docente em seguir negociando é evidente, mas estamos chegando ao limite", afirmou Piáu. Ele também ressaltou que, caso a proposta que será apresentada nesta quinta-feira não demonstre um avanço significativo, a deflagração da greve por tempo indeterminado pode ser inevitável.


Possível Greve por Tempo Indeterminado


A assembleia já agendou uma nova reunião para segunda-feira, 23 de setembro, data em que a greve por tempo indeterminado pode ser oficialmente deflagrada, caso as negociações não avancem. Com o impasse prolongado, o clima entre os docentes da UNEB é de apreensão, mas também de unidade na luta por melhorias nas condições de trabalho e recomposição salarial justa.


Enquanto isso, os docentes seguem mobilizados, aguardando a postura do governo na próxima rodada de negociações. A expectativa é de que uma nova proposta, mais alinhada às demandas da categoria, seja apresentada, evitando a paralisação completa das atividades acadêmicas.


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