Produtos perfumados e lavagem incorreta favorecem fungos e colocam a saúde ginecológica em risco




Uso inadequado de amaciante pode comprometer a saúde íntima feminina


Um hábito comum na rotina de muitas brasileiras pode estar colocando em risco a saúde íntima sem que elas percebam. O uso de amaciantes em roupas íntimas, especialmente calcinhas, tem sido apontado por ginecologistas como um fator de risco para infecções como candidíase e vaginose bacteriana.

A polêmica surgiu após um vídeo viral em que mulheres comentam, com espanto, a recomendação de descartar calcinhas a cada quatro meses. Embora pareça exagero à primeira vista, a recomendação tem fundamento clínico.



Amaciante: maciez perigosa quando usada em peças íntimas


O amaciante penetra nas fibras do tecido e permanece ali mesmo após várias lavagens. Embora ofereça perfume e sensação de conforto, esse resíduo cria um ambiente abafado e úmido — ideal para a proliferação de micro-organismos.

Além disso, muitos desses produtos contêm fragrâncias e substâncias químicas que irritam a mucosa vaginal, podendo causar dermatites, coceiras e até infecções de repetição.

“O amaciante pode parecer inofensivo, mas ele se acumula no tecido e, em contato com a região íntima, altera o pH local, favorecendo o surgimento de fungos”, explica a ginecologista Dra. Carolina Mota.



Lavagem inadequada agrava o problema


Outro erro recorrente é a lavagem das calcinhas de forma genérica, junto com as demais peças na máquina de lavar. O ideal, segundo especialistas, é realizar a limpeza com sabão neutro, sem alvejantes ou perfumes, preferencialmente à mão, e secar sempre ao sol.

A higienização incorreta pode não apenas deixar resíduos de sabão e amaciante, como também não eliminar fungos e bactérias de forma eficaz, comprometendo a segurança da peça.



Quando trocar a calcinha? Especialistas indicam prazo ideal


Por questões de higiene e conservação, o ideal é que as calcinhas sejam substituídas a cada quatro a seis meses, especialmente aquelas usadas com frequência ou confeccionadas com tecidos sintéticos. Com o tempo, mesmo lavadas corretamente, essas peças acumulam micro-organismos que não são totalmente eliminados na lavagem comum.

Além disso, roupas íntimas desgastadas perdem a elasticidade e comprometem a ventilação da área íntima, favorecendo o surgimento de infecções.



Dicas para cuidar corretamente das roupas íntimas:


  • 🔹 Lave com sabão neutro, sem amaciante ou alvejante

  • 🔹 Evite o uso de amaciante em qualquer circunstância

  • 🔹 Prefira tecidos de algodão, que permitem ventilação

  • 🔹 Troque as peças a cada 4 a 6 meses, principalmente as mais usadas

  • 🔹 Seque sempre ao sol ou em local arejado



✅ Sua saúde íntima começa com escolhas conscientes


Cuidar da saúde ginecológica vai além de visitas regulares ao médico. Pequenos hábitos, como a forma de lavar e conservar as roupas íntimas, podem fazer uma grande diferença na prevenção de infecções e desconfortos.

Evitar o uso de amaciante nas calcinhas é uma atitude simples, mas poderosa. Trocar as peças com regularidade e manter a higienização adequada são gestos de autocuidado que toda mulher deve adotar.

Assista ao vídeo:



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