
Moradoras de Itaquaraí solicitam ao prefeito Fabrício reunião para discutir carga horária prolongada
Moradoras da Fazenda Cacimbas, na região de Itaquaraí, zona rural de Brumado, estão preocupadas com os impactos da implantação da escola de tempo integral na rotina de seus filhos. Em um áudio enviado por Sônia, mãe de aluno, ao comunicador Manelão, ela relata que muitas crianças precisarão sair de casa por volta das 5h30 da manhã e só retornarão após as 18h, enfrentando longas distâncias e estradas precárias.
As mães pedem, encarecidamente, que o prefeito Fabrício Abrantes e a secretária de Educação, Ana Cristina, marquem uma reunião com a comunidade para debater alternativas, como reduzir a carga horária ou adotar um modelo híbrido — semelhante ao município de Aracatu, onde o ensino integral ocorre apenas duas vezes por semana.
🎙️ "Queremos diálogo, não confronto", dizem as mães
“Tem criança saindo de casa de madrugada e só voltando à noite. É muito cansativo, ainda mais com as estradas ruins. A gente não é contra o tempo integral, mas pedimos que escutem as mães da roça”, disse Sônia no áudio.
Durante o programa, o radialista Manelão reconheceu o apelo e reforçou que o assunto exige diálogo urgente:
“A secretária Ana Cristina é uma pessoa acessível. Acredito que ela pode sim marcar uma conversa com as mães de Itaquaraí. Nem todo mundo tem as mesmas condições. Há mães que preferem o filho na escola, outras querem ter o filho em casa por mais tempo.”
📜 O que diz a Lei do Tempo Integral?
A Lei Federal nº 14.640/2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral, permite a adesão voluntária dos municípios. Ou seja, não é obrigatória, mas condicionada à capacidade de cada cidade. A legislação cita fatores como estrutura, arrecadação e interesse da comunidade como critérios para adesão.
Portanto, o município de Brumado tem autonomia para ajustar a carga horária ou até mesmo optar por modelos alternativos, conforme o interesse local.