
Ressocialização com Fé: Como o Ministério Carcerário Adventista Está Mudando Vidas por Trás das Grades
Um trabalho silencioso, mas poderoso, vem transformando histórias dentro do Conjunto Penal de Brumado.
Há cerca de dois anos, um projeto que mistura fé, empatia e missão social tem impactado diretamente a vida de homens que, antes esquecidos, agora enxergam uma nova chance: trata-se do Ministério Carcerário Adventista, que já batizou 100 internos e segue firme no propósito de ressocialização através da espiritualidade.
O projeto foi fundado por José Márcio, que se inspirou ao ver, pela primeira vez, esse tipo de ação em um presídio no Paraná. “Vi presos de alta periculosidade se tornarem multiplicadores da palavra de Deus. Aquilo me tocou profundamente”, relembra.
Palavra e Propósito: o nascimento de um ministério transformador
Com a inauguração do Conjunto Penal em Brumado, Márcio decidiu tirar seu sonho do papel. Iniciou o trabalho com o recrutamento de voluntários e logo percebeu que a fé poderia romper barreiras invisíveis dentro da unidade prisional.
“Vimos pessoas desacreditadas pela sociedade dizendo sim para uma nova vida. A fé passa a ser um inventário espiritual”, afirma o fundador.
Em 23 meses de atuação, os resultados superaram expectativas: 100 batismos realizados, cada um marcando um recomeço, uma chance de reconstruir. Muitos desses homens chegaram ao projeto com o coração endurecido, mas aos poucos, pela convivência e o acolhimento, foram abrindo espaço para o arrependimento e a esperança.
Desafios e resistência: a luta contra o preconceito da sociedade
Apesar das vitórias espirituais, nem tudo são flores. Márcio afirma que enfrenta resistência não apenas de internos, mas também da sociedade, que muitas vezes não acredita na recuperação de quem cometeu erros.
“Se fosse o seu filho lá dentro, você ia querer vê-lo executado ou recuperado?”, provoca, em um apelo direto à consciência do público.
O diretor acredita que todos merecem uma segunda chance, e que a fé é uma das ferramentas mais poderosas para isso. “Não estamos aqui para julgar, mas para plantar uma semente. E os frutos já estão surgindo”, conclui.
Conclusão: fé, paciência e transformação
O que começou como um ideal solitário hoje é um projeto reconhecido dentro do sistema carcerário local. A marca dos 100 batismos é simbólica, mas o que mais impressiona é o impacto emocional e espiritual causado entre os internos.
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