Diagnóstico de Transtorno Opositivo Desafiador levanta debate sobre saúde mental infantil e limites legais
Um novo vídeo viral está dividindo opiniões nas redes sociais e colocando em pauta a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes no atendimento a crianças com transtornos mentais.
Na última segunda-feira (14), clientes de um supermercado em Bacaxá, distrito de Saquarema (RJ), flagraram uma criança em surto, vandalizando o local. O menino jogava produtos pelas prateleiras e chegou a ameaçar funcionários e clientes, gerando pânico. O vídeo rapidamente ganhou repercussão nacional.
Segundo relatos, o menor foi diagnosticado com Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) — um distúrbio psiquiátrico que provoca comportamentos agressivos, desafiadores e desobedientes, especialmente contra figuras de autoridade.
🎥 Episódio não foi o primeiro: histórico preocupa autoridades e moradores
Esse não é o primeiro incidente envolvendo o mesmo garoto. No mês passado, ele já havia agredido uma comerciante da região. O pai chegou a ser detido, mas foi liberado logo em seguida. A reincidência levanta questionamentos sobre o acompanhamento da família e a atuação da rede de proteção à infância.
O Conselho Tutelar afirma que todas as medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foram aplicadas. O caso segue sendo monitorado pelo Ministério Público e pelo Judiciário.
🧠 O que é o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)?
O TOD é um transtorno comportamental que acomete crianças e adolescentes e que, muitas vezes, é confundido com má-criação ou rebeldia. Entre os sintomas estão:
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Agressividade verbal e física
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Desobediência sistemática
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Hostilidade contra figuras de autoridade
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Pouca tolerância à frustração
Segundo especialistas, o tratamento adequado exige acompanhamento psiquiátrico, psicoterapia e, em muitos casos, suporte à família. O problema é que a rede pública de saúde nem sempre consegue oferecer atendimento contínuo e especializado.
🛑 Saúde mental infantil: problema social que pede atenção urgente
Casos como esse escancaram a falta de estrutura das políticas públicas para lidar com distúrbios psiquiátricos na infância. Famílias desassistidas, escolas despreparadas e uma rede de saúde fragmentada contribuem para o agravamento do quadro.
Não se trata de criminalizar a criança, mas de entender os sinais, garantir tratamento e proteger a sociedade. A violência não pode ser normalizada, mas também não pode ser tratada apenas com repressão.
Assista ao vídeo:
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