Defesa nega participação em organização criminosa
O advogado criminalista Andrew Fernandes Farias, responsável pela defesa do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (3) que o general atuou para tentar conter qualquer medida golpista por parte do então presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorreu durante sustentação oral no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o advogado, Paulo Sérgio “tentou demover Bolsonaro de qualquer medida” e buscou convencer o governo a desmobilizar as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
General temia adesão de militares a atos antidemocráticos
A defesa alegou que o ex-ministro da Defesa temia que autoridades de alto escalão das Forças Armadas aderissem a movimentos públicos contrários ao resultado das eleições de 2022. Para evitar isso, teria convocado uma reunião interna.
“O receio do general era de que alguma liderança militar levantasse o braço e rompesse”, disse Farias, negando que seu cliente integrasse organização criminosa.
Julgamento do núcleo 1 segue no STF
Paulo Sérgio Nogueira é um dos oito réus do chamado “núcleo 1” do julgamento que analisa um suposto plano de golpe de Estado. Além dele, respondem no STF nomes como Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto, Almir Garnier, Mauro Cid e Alexandre Ramagem, além do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os ministros devem iniciar os votos na próxima terça-feira (9), após o fim das sustentações orais das defesas.
Réus enfrentam acusações graves
O grupo responde a crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e deterioração de patrimônio to
mbado. No caso de Alexandre Ramagem, por decisão da Câmara dos Deputados, parte das acusações foi suspensa.
O julgamento no STF marca uma etapa decisiva das investigações sobre os atos golpistas após as eleições de 2022. Enquanto a defesa de Paulo Sérgio sustenta que ele tentou evitar uma ruptura institucional, os ministros vão avaliar, a partir do dia 9, se os réus devem ser condenados ou absolvidos.
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