Prisões acontecem em Salvador, Candeias e Camaçari

Uma operação deflagrada nesta quinta-feira (4), batizada de “Grilagem S.A”, resultou na prisão de oito pessoas em Salvador, Candeias e Camaçari, na Região Metropolitana da capital baiana. A ação visou desarticular um grupo suspeito de grilagem de terras, corrupção ativa e passiva.

Entre os presos, estão três policiais militares e um policial civil, que, segundo as investigações, facilitavam as ações do grupo criminoso. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos bairros da Pituba, Bairro da Paz, Piatã, Itapuã e Chame Chame, além de Itacimirim, em Camaçari.

Grupo atuava de forma estruturada e violenta

Segundo apuração do Gaeco, a organização criminosa dividia suas atividades em cinco fases: identificação e invasão de terrenos, afastamento de opositores, edificação de construções, falsificação de documentos e venda dos imóveis a terceiros de boa-fé.

As investigações apontam que o grupo utilizava violência física e ameaças, contando com o apoio de agentes de segurança pública para garantir o domínio das áreas invadidas.

Mandados de busca e apreensão

Os presos respondem a processos administrativos nas corregedorias da Polícia Civil e Militar. O ex-servidor da Sedur, André Abrigio Britto de Santana, já havia sido demitido em janeiro de 2024 “para o bem do serviço público”.

Terceira fase da operação

A ação desta quinta-feira corresponde à terceira fase da Operação Crickets, iniciada em março de 2022, após ataques violentos em terrenos da RMS, incluindo incêndio em casas ocupadas por cerca de 30 famílias na comunidade Sítio Tererê, em Catu de Abrantes, Camaçari. Cinco policiais militares investigados na época foram presos, perderam os cargos e recorreram da condenação em liberdade.

Conclusão

A operação “Grilagem S.A” reforça o compromisso das autoridades em coibir crimes fundiários e combater a participação de servidores públicos em organizações criminosas. A ação também demonstra a necessidade de vigilância constante sobre a ocupação de terras e a proteção de comunidades vulneráveis.

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