De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), entre janeiro e agosto de 2025 foram contabilizadas 210.441 ligações falsas para os números de emergência 190 (Polícia Militar), 197 (Polícia Civil) e 193 (Corpo de Bombeiros). No período, o estado recebeu 3.283.174 chamadas, sendo que os trotes representaram 6,4% do total.
O problema é ainda maior em Salvador e Região Metropolitana, onde foram registradas 78.390 ligações falsas, correspondendo a 8,2% das chamadas atendidas. Já no interior, 132.051 ligações de 2.326.589 foram classificadas como trotes, um índice de 5,6%.
Os meses de janeiro e junho concentraram as maiores ocorrências, com 28.752 e 28.462 chamadas falsas, respectivamente, períodos em que as férias escolares costumam elevar o número de brincadeiras perigosas.
A capitã da Polícia Militar, Priscila Lemos, da Superintendência de Telecomunicações (Stelecom), alertou para o impacto:
“Quando direcionamos recursos para atender uma chamada como essa, podemos estar deixando de atender ocorrências reais. As pessoas fazem isso como brincadeira, mas o resultado é extremamente perigoso”.
A SSP-BA reforça que trotes para serviços de emergência são crime, podendo resultar em multa e até três anos de prisão, além de atrapalhar diretamente o trabalho das corporações.
Conclusão
Os números mostram que o trote, muitas vezes tratado como “brincadeira”, tem efeito grave: compromete o atendimento de quem realmente precisa de ajuda. A SSP-BA pede que a população denuncie e conscientize familiares, lembrando que a prática pode resultar em responsabilização criminal.
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