A escalada da violência em Brumado
A população de Brumado e dos 21 municípios sob responsabilidade da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (20ª COORPIN) vive um cenário de insegurança crescente. Dados do Anuário ISPE 2025 mostram que, enquanto cidades vizinhas como Itapetinga, Jequié e Irecê registraram queda nos roubos entre 2023 e 2024, Brumado seguiu na direção contrária: os crimes aumentaram e consolidaram um bolsão de violência que se estende até Guanambi e Vitória da Conquista.
Efetivo maior, mas sem resultados
O dado chama atenção porque Brumado conta hoje com um contingente policial mais robusto do que em anos anteriores. Na prática, porém, esse reforço não se traduz em segurança real. Especialistas apontam que não falta estrutura, mas sim planejamento estratégico, integração e gestão eficiente. “Não falta efetivo, falta comando”, resumem críticos locais.
Comércio no prejuízo, moradores no medo
Na vida real, os números viraram rotina de medo. Comerciantes relatam sucessivos assaltos e prejuízos constantes, enquanto motoristas evitam determinados trechos à noite por temor de emboscadas. Famílias vivem trancadas em casa, com a sensação de abandono.
“Cada semana tem um novo roubo. A polícia chega depois, mas não resolve”, desabafou um comerciante local.
Comparações que incomodam
Enquanto Brumado sofre com o avanço da criminalidade, Itapetinga conseguiu reduzir significativamente seus índices no mesmo período. Em Jequié e Irecê, a tendência também foi de queda. A comparação incomoda e levanta uma pergunta simples: se outros municípios conseguiram, por que Brumado fracassa?
Falta de confiança e risco de colapso social
A crítica mais recorrente recai sobre o comando da 20ª COORPIN, acusado de ineficiência e até de corrupção. Com mais estrutura do que a maioria das unidades do interior, a Polícia Civil em Brumado não consegue justificar a escalada dos crimes.
Se nada mudar, Brumado corre o risco de consolidar-se como epicentro da violência no sudoeste da Bahia, o que ameaça não só a segurança, mas também a economia e a estabilidade social de dezenas de municípios da região.
Conclusão
Mais do que estatísticas, a violência em Brumado já é rotina no dia a dia da população. O recado da comunidade é claro: não basta presença policial, é preciso eficiência. A cobrança por respostas é urgente e coloca em xeque a credibilidade da segurança pública local.
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